Uma dose de amor, por favor!
por Ezreal Brandt Lymere
Esconder quem você realmente é, seus dons bruxos e qualquer outra habilidade ligada ao mundo mágico, é uma das medidas mais recomendadas pelas Forças de Segurança Britânica, para impedir os efeitos dessa nova caçada aos magos realizada aos trouxas, não é nenhuma novidade. Entretanto, tais períodos de distância faz com que as pessoas sintam falta de interações sociais, o que gera alguns sentimentos ruins, principalmente a carência, por isso, com a proximidade do Dia de São Valentim, nós reunimos algumas dicas para você, leitor, encontrar sua pessoa amada ou até mesmo se encontrar com ela em tempos estranhos.
SAIR DA ZONA DE CONFORTONão vivemos mais na Era dos Contos Épicos Medievais, onde princesas ficavam nas janelas de imensas torres, esperando cavaleiros de armadura virem para o resgate. O mundo evoluiu e hoje, é muito improvável que o amor de sua vida bata na porta de sua casa, sendo assim, o primeiro passo é não ficar trancafiado. Obviamente, tomando os devidos cuidados para que não seja pego pelas forças bruxas durante o caminho.
FREQUENTE AMBIENTES SEGUROSSabemos que a situação para os bruxos não está fácil, pois todos correm o risco de serem capturados a qualquer momento, por isso escolher o lugar para onde vai nesse momento é fundamental. Vá a locais seguros, sem muita aglomeração e aprenda o básico para conseguir se passar por trouxa, caso necessite - falar sobre futebol ou política é fácil. Entretanto, voltando ao assunto, sempre opte por locais com pessoas compatíveis, se você for um torcedor dos Canhões de Chuddley, por exemplo, não vá em festas realizadas por times adversários, isso gera mais dor de cabeça do que felicidade. Caso queira algo mais superficial, aí sim recomendamos espaços frequentados por desconhecidos.
BUSQUE CONTROLAR SEUS SENTIMENTOSÉ um pouco difícil de falar isso, mas desde que a guerra começou, muitas das pessoas solteiras estão ansiosas para sair desse status, principalmente porque a solidão foi ampliada com a necessidade de bruxos evitarem as aglomerações. Entretanto, paciência é uma virtude e que pode evitar você de entrar em enrascadas, sejam estas amorosas ou com alguma força policial. Dessa forma, busque por poções e feitiços que lhe acalme e não saia por aí tentando enfeitiçar alguém. Pense em se divertir primeiro, caso realmente opte por sair de casa e se expor e, caso tenha sorte,
NÃO USE MÉTODOS MÁGICOS PARA CONQUISTAR ALGUÉMA situação pode parecer desesperadora, e realmente é, mas nem por causa desse problema, você, meu leitor ou minha leitora, deve recorrer a soluções mágicas para conquistar a pessoa amada. O mercado oferece uma enorme possibilidade de feitiços ou poções que prometem conquistar o coração daquela pessoa mais rápido do que o artilheiro sendo atingido por um balaço em alta velocidade, porém isso não é garantia de que o sentimento gerado será verdadeiro e, como já dito anteriormente, ocasiona em maiores problemas. Há rumores que um poderoso bruxo das trevas foi gerado de um relacionamento como esse, forçado por uma poção do amor. Logo, não queremos mais um motivo para se preocupar, não é mesmo?
ESCREVA PARA O PASQUIMSe nenhuma das quatro dicas acima lhe parece relevante e você ainda continua na solidão, gostaríamos de apresentar o sistema de encontros do Pasquim. Baseado em aplicativos do mundo trouxa, que eles chamam de Tinder e nós não fazemos ideia de como isso funciona, vamos receber cartas de todos os nossos leitores e pedimos que citem informações básicas, como nome, o que busca e seus passatempos favoritos. Através desses dados, usaremos feitiços mágicos avançados e muita empatia humana para encontrar o seu par perfeito e, além disso, auxiliar para que o encontro entre os pombinhos aconteça da forma mais segura possível. Então, aos nossos leitores, amantes de criaturas invisíveis, fã das bandas ucranianas que ninguém conhece ou entusiasta de pedras, não se acanhe. Nós o ajudaremos!
As cartas devem ser endereçadas a Jar-r-o Plummaluz, pesquisador, arqueólogo e cupido.
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Românticos Incorrigíveis
por Theo Sparrow McCready
Neste mês dos namorados, o Pasquim, em parceria com o Profeta Diário e a RRB, decidiu abrir um espacinho para celebrar o amor do jeito mais piegas possível. Urnas foram deixadas na sede da RRB em Hogsmeade para que aqueles que quisessem abrir seu coração para a pessoa amada ou para amigos importantes ficassem à vontade em escrever declarações, fossem elas assinadas ou anônimas. Selecionamos as declarações e histórias de amor que mais condizem com o espírito da data para serem publicadas. Agora é o momento de se sentar e aproveitar a leitura, pois as mensagens dos Românticos Incorrigíveis começam agora!
DeclaraçãoDe:
Aaron Dütscher Schmidth Para:
Clara Schmidth GremoryEu não me lembro de uma vida antes de Cair Paravel, mas tenho vagas memórias de quando não tinha uma pessoa comigo. Ela era pequena, inocente e com medo do mundo, mas aos poucos ela foi crescendo e se tornou uma garota forte e independente. Sabe, poucas pessoas podem olhar para alguém e encontrar um lar, e com ela, eu estou sempre em casa. Quando o sol brilha sobre a gente, devemos agradecer pela clareza. Mesmo brigando, rindo, implicando, treinando, ou até mesmo aprontando, ela sempre esteve lá por mim. Só queria aproveitar essa oportunidade para dizer que te amo muito, Clara! Um grande beijo do seu primo de presas.
DeclaraçãoDe:
Aaron Dütscher Schmidth Para:
Joshua S. Ishikawa Eu estava em um lugar completamente novo quando eu o conheci. Eu tinha amigos e familiares ali, mas também pessoas que pouco confiava. Aos poucos eu fui te conhecendo, nos aproximamos, ficamos amigos, e então uma guerra se iniciou no lago. É engraçado como conflitos podem separar ou unir pessoas, né? O ano continuou e a vida decidiu nos tornar irmãos. Josh, eu só gostaria de dizer o quanto te amo e o quanto prezo a amizade, a lealdade, a honestidade e o companheirismo que moldam nossa relação. Foram letivos difíceis, mas sem você, teria sido bem mais difícil. Obrigado por ser tão incrível! Te amo, maninho <3
HistóriaPor: Príncipe da Meia Noite
"Um velho escritor trouxa disse certa vez que alegrias violentas costumam ter fins violentos. Também é de conhecimento dos antigos que o amor conquista tudo. Quando iniciei o letivo na instituição escandinava, não imaginei que iria experimentar um sentimento tão puro e genuíno. Não quando ele nascia em meio a conflito entre refugiados de Hogwarts e residentes de Durmstrang. O clima hostil forçou os Hogwartianos a se reagruparem, e foi assim que me aproximei do doce corvino John Laurent. Ele havia se tornado o melhor amigo da minha prima na época, e o convívio acabou nos tornando amigos. Conhecer alguém tão generoso, dócil, inteligente e alegre fez com que algumas defesas que eu havia criado desde a morte do meu pai caíssem por terra. Apesar do sentimento avassalador, ele foi platônico por longos quatro meses, até que em uma festa de natal no lago da escola, colocamos as cartas na mesa e selamos o nosso primeiro beijo. Alguns diriam que se eu nunca tivesse provado aqueles lábios, talvez o desfecho desta história fosse diferente. Após aqueles breves minutos da mais intensa alegria, um grupo de alunos nativos atacou a festa, gerando uma pequena batalha que colocou John em coma. Ele estaria bem atualmente, se não fosse seu desejo de voltar para me salvar. O final violento da nossa curta felicidade me colocou em uma rota solitária.
Dizem que quando se embarca em um caminho de vingança, é preciso cavar duas covas. Enquanto rastreava e tentava fazer os culpados pagarem, evitei a dor de perder aquele que havia me trazido tanta felicidade. Aos poucos, evitar sentir aquela dor começou a me transformar em alguém diferente. Em meio a planos maquiavélicos e nenhuma melhora no quadro do ravino, foi só no final daquele sombrio letivo que consegui ficar frente a frente com meu inimigo. Mas mesmo ali, pronto para colocar um fim no culpado e na minha dor, eu descobri que não estava sozinho. Meus amigos se provaram tão leais e amorosos quanto John, impedindo de me transformar em um monstro. O culpado pagou pelos seus crimes, e no final, percebi que o amor dos amigos podem ser o suficiente para curar a dor de um coração devastado pelo caos. Atualmente, John continua em coma. Todos os dias eu me lembro do que poderíamos ter sido e torço pela sua recuperação. Talvez o desfecho trágico faça você pensar que eu sou infeliz, mas eu gostaria de dizer que não me arrependo do tempo que tive com ele. Conclusões violentas para felicidades violentas. Perder John foi terrível, mas mostrou o quanto o amor dos amigos e familiares podem ser tão poderosos quanto. Isso me lembra uma frase dita por uma antiga professora: O que parece o inferno agora, pode ser um presente amanhã."
HistóriaPor: Anônimo
"Nem todas histórias de amor são felizes ou correspondidas, às vezes são platônicas.
Pois bem, essa é sobre um menino chamado Patrick, é incrível como a melhor coisa de Cannes não é o Festival e sim ele. É incrível o jeito que todos que o conhecem sabem do medo e respeito que ele tem por Madame Tina, e o amor por aube, aquele diabinho de penas que vive em seu ombro. A nossa história é nossa porque o Castelo, os livros da biblioteca e as mesas do refeitório sabem do meu sentimento, como diria uma música trouxa: ""Até quem me vê, lendo jornal, na fila do pão, sabe que eu te encontrei"". Os cabelos loiros que passam pelo castelo quando todos estão dormindo, sim, porque o bruxinho bonzinho é monitor, pena que não monitora o aparelho cardíaco invisível que me mantém vivo. Por muito tempo me senti como uma magia antiga, que certa vez ouvi, que as pessoas ficam fragmentadas, eu me sentia assim, ficava de longe vendo ele na mesa dos lufanos, rindo e comendo com os colegas, indo pras aulas pelos corredores, com seu jeito atencioso e estudioso ou falando de rock pelo corredor do castelo, tão bondoso que não pode fazer mal a uma mosca, talvez a quem fira aquele que ama, talvez por isso seu coração amarelo, eu quase escrevi nossas iniciais em um carvalho no jardim do castelo, mas pensei que seria um pouco demais, então decidi lembrar de um antigo ensinamento que diz que amor é ver o outro bem, mesmo que não seja consigo. E foi o que fiz, a minha história de amor nunca acontecida é a mesmas das mulheres que desejavam ser mães e não podem, dos que queriam combater e não foram selecionados, das que queriam ser modelo de passarela e não tem determinada altura, é a história de quem tinha um sonho, sabia onde estava, como fazer, só não podia ir, porque tinha um fator, que não dependia delas, que as barrava. Juntei as muitas palavras escritas em cartas e olho elas com carinho, peguei os mimos que confeccionei e os guardei, e todo aquele sentimento eu joguei pro mundo, as lágrimas na cama antes de dormir que me tragavam como uma cobra de cima para baixo, regaram o chão onde nasceu uma flor, em mim, a flor do novo dia, a flor do deserto. Essa é uma história de amor não realizada, a história de alguém que olhou com amor, que admirou com amor, que sonhou com amor e por amar deixa ir esse sentimento, pedindo as deusas que virem outro. Talvez a canção tenha tocado na hora errada, mas eu que era acostumado a dançar, dancei. E quando eu passar no castelo, eu vou passar sorrindo, vestido de brilho e flor, vou passar alegre como um sol, vou passar tão elevado que vai parecer "
DeclaraçãoDe:
Fierro Scmidth Le Arja Para:
Fierro Scmidth Le Arja Como vamos amar outra pessoa, se não amarmos a nós mesmos" A maior declaração de amor que alguém pode fazer é se amar todos os dias, é se sentir tão bonite que se arrume pra si, que se diga que está linde, que se namore, porque somos nossa outra metade da laranja, então essa declaração de de seu corpo pra você mesmo, pra dizer obrigado, pra dizer que eu te amo, que estamos felizes, que tem sido bom estar junto de você, que rosas são vermelhas, violetas são azuis, espero que você brilhe, até a meia-luz! Continue sendo maravilhose! Bjs, te amo!
DeclaraçãoDe:
Robert Sparrow McCready Para:
Louise Westwick Haraldsen Quando nos conhecemos não nos dávamos bem, eu não te suportava e você também não me suportava. Por muitas vezes discutimos e nos envolvemos em confusões intermináveis, mas sabe, apesar de arrependido dos meus erros do passado, sei que foi graças a eles que tive o privilégio de te conhecer, e isso é um fator fundamental para que hoje eu tenha me perdoado por tudo de ruim que eu fiz. Louise, você me mudou, me transformou em uma pessoa mais amável, mais doce, menos tóxica, se hoje sou monitor da Grifinória e um aluno exemplar, é porque você entrou na minha vida. Por esse motivo, muito obrigado! Saiba que eu já não consigo mais planejar um futuro que não envolva você.
DeclaraçãoDe: Cara Paciente
Para:
Madeline Steinbrecher "É ASSIM QUE TE QUERO, AMOR
É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nossos lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.
Pablo Neruda"
HistóriaPor: Anônimo
Esta é uma história engraçada, primeiramente devo dizer que está anônima pois os envolvidos no drama irão saber do quê ou de quem se trata. Costumo esticar um pouco quando conto histórias mas vou tentar ser breve. Tudo começou no primeiro ano. Eu descia a grande escadaria quando de longe meu melhor amigo se aproximou desconfiado e parecia esconder algo de mim. Logo notei o corte fresquinho que sangrava bem no meio de sua testa. Na hora eu percebi que não tinha sido um acidente e sim obra de alguém mal intencionado, pelo jeito que ele tentava esconder de mim. Fiquei muito irritada, pois ninguém mexe com meus amigos! Depois de ajudar a limpar um pouco o corte fiz ele desembuchar antes de praticamente obrigar ele a ir para a enfermaria. Um garoto da grifinória tinha jogado um maldito skate na cabeça dele usando um feitiço de levitação. Depois de deixar meu amigo - irei chamá-lo de Joe – aos cuidados de Évora na enfermaria, fui em busca de tirar satisfações com o meliante. Eu não conhecia seu rosto, somente ouvi falar das coisas que ele andava aprontando desde o primeiro dia de aula. Mas assim que cheguei no salão principal e olhei na direção da mesa da grifinória, vi um garoto sentado com um skate sobre a mesa e soube que era ele. Obviamente fui tirar satisfações e assim que cheguei lá ele simplesmente me ignorou e não quis dar muita atenção ao que eu dizia, fiquei muito nervosa e até o chamei de covarde. Aquele garoto me irritava de uma forma que eu não sabia explicar. As coisas saíram de controle quando um outro amigo nosso descobriu o que ele tinha feito com o Joe, ele chegou no salão principal e deu um soco no rosto do grifino a ponto de quebrar o nariz. Aquilo foi o máximo, mas para nosso azar os monitores da corvinal apareceram bem na hora. Ganhei minha primeira detenção. A diretora Elle ficou decepcionada, tanto que nos fez ir até o lago negro tarde da noite colher guelricho para os estoques da escola. Eu, o autor do soco e o grifino irritante.
Nem preciso dizer que a partir daí nasceu uma mútua relação de ódio e implicância. Acreditam que Elle no final fez todo mundo se abraçar e falar coisas boas do outro? Eu disse para ele sem que ela ouvisse que ele fedia laranja podre. Mas na verdade ele tinha um perfume cítrico dos mais deliciosos que eu já havia sentido. Obviamente eu não iria admitir, né? Jamais. No decorrer do ano nossa relação só piorou. Um dia ele foi fazer gracinha e quase matou Joe afogado no lago negro. O garoto era idiota e agia como um bully, e ainda conseguiu colocar a escola toda contra nós como se eu e meus amigos fôssemos os ruins da história. Nós demos um basta e passamos uma lição nele na frente de todos. Fizemos ele acreditar que Joe tinha morrido afogado, ele se assustou e pareceu se arrepender, confessou pedindo perdão e desculpas por todas as maldades. Depois disso ele parou com as atitudes idiotas, mas continuava meio bobo. Veio com papo pra cima de mim depois de que queria mudar e blá-blá-blá, mas ele me irritava tanto! Eu não sabia explicar o motivo de tanta birra. Depois ele ainda tentou roubar um filhotinho da minha gata. Depois de uns meses, após tanto ele atormentar, antes das férias de verão eu acabei doando a filhote para ele. Ele foi legal numa aula perigosa que acabei levando os filhotes na bolsa acidentalmente e eles quase foram parar no beleléu. Mas essa parte já renderia outra história. Teve também o dia que eu estava de boas e na paz num fim de semana depois de tomar meu maravilhoso café da manhã, e me vem a criatura correndo só de pijamas no sexto andar, acenando igual um doido pra eu correr também. Quando vi que uma horda de diabretes o perseguia, acabei tendo que fugir junto, tive vontade de sumir dali e deixar ele se virar sozinho, mas por algum motivo acabei ficando. Ele estava sem varinha e pra resumir a história eu o salvei de se quebrar escada abaixo e ele me pediu desculpas pelas coisas que tinha feito nos meses anteriores. Fiquei meio desconfiada mas quis dar um voto de confiança. Capturamos os diabinhos e levei para Elle se livrar deles, no fim das contas eu desconfio que ela os soltou dentro da sala de DCAT alguns dias depois. Tenho certeza que eram os mesmos. (Foi muita coincidência!)
A partir daí uma convivência baseada em implicância iniciou, já que ele me irritava muito. Até cocô de testrálio joguei nele uma vez. Um dia ele teve a capacidade de me dar uns doces batizados de poção da verdade, e o cara de pau perguntou a cor da minha calcinha, acredita? A coisa mais louca foi no terceiro ano, que um dia um amigo clarividente da sonserina chegou me dizendo que tinha tido um sonho premonitório comigo beijando o grifino na frente de uma galera em um salão que parecia o salão principal só que menor. Fiquei muito nervosa, inclusive ainda falei pra esse amigo procurar um médico porque o dom dele estava começando a falhar. Confesso que fiquei preocupada, mas eu não via nenhuma maneira de eu e o grifino nos beijarmos algum dia. Nós não passávamos dez minutos no mesmo ambiente sem acabar brigando. Na época eu até achava que sentia algo pelo clarividente da sonserina, mas éramos apenas amigos. Aí logo no fim do terceiro ano aconteceu a invasão de Hogwarts. Fomos realocados em Durmstrang e vieram tantos problemas que acabei esquecendo desses detalhes. Passamos a ter funções especiais que nos fez trabalhar juntos, ele também tinha mudado bastante e estava menos irritante. Infelizmente tive problemas de saúde e precisei terminar o restante do quarto ano em casa. Senti muita falta dele! Na verdade eu comecei a ter sonhos estranhos (que não acho adequado detalhar aqui, mas vocês não são bobos!) e por um tempo achei que aquela confusão de sentimentos se dava por conta dos traumas recentes somada com os hormônios da adolescência.
Hogwarts foi retomada, quinto ano. Primeiro dia de retorno e eu estava nervosa e ansiosa para encontrar todos novamente, matar a saudade dos amigos e principalmente saber como ele estava. O banquete de boas vindas estava acontecendo no salão de festas, todos já estavam ali e a seleção tinha começado. Não o achei na mesa da grifinória e já comecei a ficar irritada. Ver ele chegando no meio da cerimônia acompanhado de uma garota quartanista foi um balde de água fria. Que ódio! Não era nada do que eu pensei, mas na hora só senti o gosto amargo do ciúmes. Óbvio que ele mal percebeu minha falta nos últimos meses. Findo o jantar, eu iria sair dali e fingir que nem o conhecia. Mas ele teve que me parar logo na entrada do salão, e até hoje não sei o que aconteceu direito. Eu estava tão brava que tentei me desvencilhar, e quando percebi estávamos nos beijando na frente da escola toda. Pelo menos a grifinória e a corvinal inteira viram. Se você for do nosso ciclo de amigos e estiver lendo essa história, ou gostar de uma boa fofoca, saberá que anonimato está sendo inútil. Enfim, lembram da visão do clarividente dois anos atrás? Pois é, afinal o dom dele não estava com defeito como eu tinha presumido. Haha. Enfim, depois as coisas ficaram meio estranhas e eu acabei admitindo pra mim mesma os meus sentimentos. O garoto chato, catarrento e irritante do primeiro ano já não existe mais. Ele amadureceu, é fofo, carinhoso, tem o melhor cheiro que existe! Ficou um gato também. É um pouquinho irritante ainda, porque acaba sendo meio lerdinho pra perceber as coisas. Depois do beijo saímos algumas vezes, as coisas ainda estão meio indefinidas. Acho que ele gosta de mim, só que ainda estou esperando um pedido de namoro para me declarar em definitivo. Porque ele sabe bem que tem que ser O PEDIDO. Pelo menos eu acho que ele sabe né? E sim moço grifino, se você estiver lendo essa história e souber que estou falando de nós, saiba que estou aguardando um pedido de namoro e estou apaixonada o suficiente para aceitar. Mas antes disso você vai ter que conquistar minha família. Uma pessoa em específico!
(oi tia!!) Enfim, essa é minha história. Tem início, está no meio e espero que não tenha fim. Obrigada! <3
DeclaraçãoDe: Anônimo
Para:
Fierro Scmidth Le Arja Às vezes passamos a vida inteira procurando por algo que sempre esteve presente em nossas vidas, mas nunca percebemos. E quando eu percebi que você estava lá, tudo se acendeu… Eu descobri que não tinha mais nenhum remorso enquanto a vida e percebi que havia me perdido eternamente nos olhos escuros que costumava olhar com certa frequência. A dança e a arte andam juntas, mas ainda assim, é necessário um parceiro para que tenhamos equilíbrio. Eu, leãozinho e você, tigre, temos uma grande vida e parceria pela frente e espero que tenhamos para sempre o conforto de nossos abraços quentes, amo eles e agradeço cada vez mais por cada um desses vínculos.
DeclaraçãoDe:
Fierro Scmidth Le Arja Para:
Theodoro Matt. Chevalier Oi more, então, eu nem sei por onde começar, talvez você não conheça muito bem, já que você é sangue puro, mas a nossa música provavelmente seria "Mulher de Fases - Raimundos", uma banda trouxa. Eu claramente sou essa música, e meio que você também, claro, a pessoa que "sofre", sei que sou meio "cháquente", mas juro que sou um amorzinho e gosto de você, de verdade, sabe, você veio numa fase nova da minha vida, e é engraçado eu escrever isso aos 13 anos, e você ser só um ano mais velho, mas algo me diz, meu sexto sentido, que a gente fique juntos por muito tempo, você é alguém muito especial e gosto muito de você! Um beijo, eu, que eu adoro! Theozin <3
DeclaraçãoDe: Anônimo
Para:
Aaron Dütscher SchmidthUm amigo de verdade que sempre está disposto a me ouvir e é um dos membros da minha grande e exuberante realeza. Sua amizade é preciosa e absolutamente necessária, gostaria de dizer que adoraria passar mais tempo com você e o dançarino, são as pessoas mais perfeitas que conheci debaixo daquele teto, minha segunda casa. Eu precisava de apoio e tudo o que consegui foi amor e carinho, super além daquilo que eu via como necessário. Agradeço profundamente pelo carinho que você me proporciona e espero que dê um jeito no seu jeito romântico incorrigível. Adoro você e espero que entenda o recado e quem eu sou.
DeclaraçãoDe: Anônimo
Para:
Achilles Lewis R. Sparrow Seus olhos são azuis com o oceano e seu cabelo dourado, igual ao ouro. O que poderia esperar de alguém semelhante a mim? Digo, não fisicamente… Temos características e vínculos familiares juntos e sempre te considerei um ótimo amigo, mas não vou negar, sinto algo muito intenso dentro de mim e procuro investir muito em breve. Nunca se sabe quando somos amados de verdade e eu adoraria saber que esse amor existe independente da sua natureza, familiar, amorosa. Apenas quero que saiba que eu sinto um deles muito forte por você. A sua realeza merece ser ressaltada e valorizada e eu estarei aqui para fazer valer minha palavra.
DeclaraçãoDe:
Theodoro Matt. Chevalier Para:
Patrick Matt. Chevalier O monitor mais lindo e perfeito do velho-oeste bruxo. Um excelente amigo e colega com quem quero passar o resto da vida dividindo momentos maravilhosos e risos eternos que nos proporcionam enormes reações químicas em nosso cérebro nos fazendo sentir prazer e amor. Uma das primeiras pessoas que conheci e que ganhou completamente meu coração, amigo. Para você, desejo tudo apenas do bom e do melhor. Espero que sejamos ótimos amigos e muito grudadinhos um no outro, espero que tenha uma boa reação para essa declaração, as vezes me perco falando bonito. Enfim, você é perfeito e atende todas as expectativas, eu adoro você e agradeço pela grande parceria.
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Um amor escamoso
por Olivier B. Uchida
Como é dito e conhecido, o amor é transformador, não vê cara e não vê o tipo de sangue (seja trouxa mestiço ou qualquer outro), é um dos sentimentos mais puros que os seres humanos possuem e por amor eles fazem loucuras. Um ótimo exemplo de transformações loucas que o amor pode causar é a própria história de Romeu e Julieta, amantes incontroláveis que preferiram sucumbir à morte a contrário de não poderem sustentar a paixã. E é isso que o amor faz com os seres humanos, os transforma. Mas e com os outros seres? Será que o amor surte o mesmo efeito? Não se engane, não me refiro às Veelas, Vampiros ou outros seres mágicos, falo sobre seres que nos observam e basicamente traçam tudo que fazemos... Os extraterrestres. Que existem seres do tipo andando em meio a nossa sociedade não é novidade alguma, fatos que nem a própria magia pode explicar acontecem com pessoas que supostamente são normais, mas obviamente fazem parte de um plano maior e misterioso e que tentam esconder suas verdadeiras origens cósmicas com desculpas para mentiras esfarrapadas.
Em meio a tanta nebulosidade e mistério acerca dessas pessoas, existem dois seres, digo, reptilianos que se destacam em ambos os mundos, seja trouxa ou bruxo, seres que atingiram idades já avançadas e que simplesmente parecem não possuir nenhuma alteração desde que os já observamos nessas idades: Alvoros Grunnion e Elizabeth Alexandra Mary, a Rainha Elizabeth II. Alvoros já foi abordado na revista como um ser... Peculiar. Desde possíveis trocas a fugas inimagináveis, não é nem um pouco ilógico o atrelar com os ditos homens lagartos que vivem nos observando e se mesclando na nossa sociedade, sendo ele uma ponte entre os reptilianos e os bruxos. Já a rainha dispensa comentários, como um ser humano trouxa consegue nascer em 1926 e se manter viva até hoje, sem demonstrar fraqueza? Isso sequer faz sentido nos conceitos de idade e diferença entre trouxas e bruxos, a rainha é mais velha que Alvoros! Esse fato não pode passar batido!
Há quem diga que Alvoros é um símbolo da própria magia, afinal ele foi o diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e é um bruxo excepcional, possuindo diversos títulos e não só isso, sendo reconhecido como detentor de uma inteligência desbalanceada até mesmo para seus antigos colegas de casa da Corvinal. Alvoros pode ser considerado um totem na história da magia e um marco entre nós, e é nesse momento que ambos os lagartos se entrelaçam. Elizabeth é rainha desde 1956 e não é só uma simples idosa, ela é uma das pessoas que encabeçam o próprio esquema de guerra a qual passamos atualmente, não seria tão conveniente se caso ambos passassem pelo processo de transformação amorosa considerando que são da mesma espécie? Quais seriam as possíveis implicações de um casal tão magnânimo?
Considerando a atual conjuntura de guerra, é possível que graças ao sentimento puro do amor seja amolecido o coração de ambos os lagartos, um esforço seja feito dos dois lados para que a guerra seja encerrada, afinal, guerras vão completamente do contrário do que é o amor, não? Considerando a autoridade da rainha e o nome do próprio Grunnion em meio aos bruxos, talvez consigam ao menos arrefecer a guerra para que possam enfim seguir e se mostrar como o casal que traria a paz entre os dois povos, selando um pacto encerrando os combates. Talvez os trouxas consigam mais acesso a nossa cultura e vice-versa, é assim que o amor funciona, ultrapassa barreiras, fronteiras imagináveis e inimagináveis para que perpetue sua mensagem pura. Teríamos nós um período de intercâmbio eterno o qual o estopim foi o amor de ambos? Estudaríamos mais sobre a história trouxa e seus objetos assim como eles estudariam nossos processos de formação de povo? As previsões são enormes assim como as possibilidades. Porém, talvez, só talvez, conseguiríamos viver um período novo e transformado pelo amor de um casal de autoridade... Nomes que isolados em suas próprias sociedades já trazem uma bagagem enorme e que em conjunto podem ser nossa ponte para o futuro.
Não há como afirmar com exatidão que ambos os reptilianos fariam isso acontecer, afinal, fazem parte de um plano maior que parece ter interesse em toda a guerra. Mas quem disse que dá para prever o amor? Acreditamos que o amor é tão imprevisível e explosivo que nem uma raça interplanetária conseguiria seguir todas as suas vontades quando se trata do sentimento. Eu acredito (e assim acredito que meus colegas de revista também devem acreditar) que o amor é único, imprevisível e completamente maluco... E o que seria a vida sem um pouco de maluquice? Seria completamente chata e sem cor ou no mínimo escamosa de mais para se lidar, portanto, a mensagem é: se até alienígenas conseguem encontrar o amor e paz, porque não nós? Fica aí a reflexão para os leitores.
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Consideramos justa toda forma de amor
por Audrey V. Fallen Wichbest
Ah, o dia dos namorados! É uma data linda, cheia de amor e chocolates, carinho e bombons, decorações vermelhas e… Bem, comida! De qualquer modo, não é sobre a comida que irei falar hoje. Recebi uma carta anônima contendo uma história muito bela e resolvi compartilhar com vocês, afinal o amor está no ar e em tempos difíceis sempre é bom ler algo para aquecer nosso coração. Os nomes presentes neste relato foram alterados na carta em que recebi (até avisaram isso), então podem deixar sua mente fluir e, quem sabe, até mesmo descobrir os donos dessa história! Peguem um chocolate quente, se acomodem na poltrona e apreciem todo o amor envolvido nessa cartinha anônima enviada diretamente para a minha mesa na sede do Pasquim.
“E tão rápido quanto uma estrela cadente, meu coração acelerou ao vê-la pela primeira vez. Sua pele pálida, o jeito torto que me olhava… Tudo aquilo fez com que eu me apaixonasse ainda mais. Isabelle não era a mais simpática das garotas, nem a mais bonita, mas ela era a melhor garota para mim. Eu era uma jovem esquisita, que ninguém gostava muito por conta da minha licantropia, mas perto de Isabelle eu me sentia livre. Ela me tratava bem, apesar de sempre torcer o nariz quando estava perto de mim. Eu colocava inúmeros perfumes, utilizava até mesmo flores no cabelo, mas Isabelle sempre achava que eu estava fedendo. Foi então… Foi então que eu descobri. Minha amada Isabelle era uma descendente de vampiro! Como poderíamos funcionar se nem ao menos éramos as mesmas criaturas? Mundos tão distantes, mas ainda assim, tão próximas uma da outra... A vida era realmente de pregar peças.
Isabelle me ajudava em todas as luas cheias. Eu nunca havia pedido, mas ela o fazia mesmo assim. Ia até minha casa e deixava tudo pronto para que eu me transformasse, até porque nós duas não gostávamos de interromper o ciclo de transformação. Ela me aceitava como eu era e eu, apaixonada, fazia o mesmo por Isabelle. Não me importava quando ela saía para beber sangue de alguma criatura, até mesmo trazia alguns animais para ela. Depois de um ano, resolvemos morar juntas perto de um bosque e isso facilitava as coisas. Nossa vida era linda… Até que resolvemos assumir um relacionamento. A mãe de Isabelle me detestava. Não por eu ser mulher, até porque ela era casada com alguém do mesmo sexo, mas ela não gostava do meu “sangue”. Me ofendia com todos os xingamentos possíveis, algo que me fez nunca mais visitar a família da minha amada. Isso a deixava triste.
Tentamos mais uma vez reunir as famílias, mas tudo parecia dar errado. Nossos pais não gostavam do relacionamento e pareciam deixar isso bem claro. Onde já se viu uma meio-vampira namorar uma licantropa? Aquilo era uma heresia. Sentíamos como em Romeu e Julieta, mas nunca tivemos a intenção de desistir do nosso amor. Isabelle foi quem teve a ideia e, até hoje, a amo ainda mais por causa disso. Nos mudamos. Saímos dos Estados Unidos e viemos morar na Grã-Bretanha. Mesmo durante uma guerra, nosso amor fica cada vez mais forte, mais unido. Enquanto escrevo essa carta para alguém do Pasquim ler, Isabelle está no quarto ao lado, jantando uma criatura que eu trouxe para ela. Eu a amo mesmo cheia de sangue depois de uma refeição, e ela me ama mesmo quando me transformo e saio correndo pelo bosque atrás de nossa pequena casinha na fazenda. Não desistam dos amores de vocês, lutem por eles.”
Linda essa história, não? E aí, qual a sua história de amor? Ou sua história de desamor? Saibam que eu estou aqui para escutar e divulgar suas histórias. Espero que tenham se emocionado tanto quanto eu. Um beijo caloroso e cheio de chocolate para vocês.
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A Fugitiva e o Fantasma
por Theo McCready Sparrow
Sejamos sinceros, em algum momento de nossas vidas é inevitável não idealizar o amor perfeito com alguém. Quem nunca se pegou pensando no futuro ao lado da pessoa amada? As viagens, as festas em família, talvez o casamento e até filhos... Alguns poucos casais são sortudos de encontrar em vida o amor verdadeiro e vivê-los até o último suspiro. Outros conseguem superar barreiras físicas para estarem juntos, como é o caso de Ivy Casfren e Taylor Grewitt.
Ivy tem 26 anos, é comerciante e nos últimos meses esteve fugindo da guerra. Seu vilarejo bruxo foi alvo das Forças Armadas pouco antes do ataque à Hogwarts e sua família foi morta. Sozinha, Ivy tornou-se fugitiva e refugiava-se em cantos remotos cada vez mais distantes de Londres. Viajava durante a noite sob feitiços de desilusão e auxiliada por uma capa da invisibilidade meia-boca.
Em uma de suas paradas em uma fazenda abandonada a oeste de Londres, nas proximidades de Beeston, Ivy procurava se esconder da tempestade que caía noite adentro quando arrombou a porta do celeiro com um feitiço explosivo. Ela só queria se esconder da chuva, se secar, comer alguma coisa e quem sabe poder dormir algumas horas antes do amanhecer. Estava cansada e havia ainda o ferimento em sua perna.
Escalar árvores não era mesmo seu forte, devia ter pensado em outra forma de fugir de animais ferozes. O que Ivy não esperava era ter invadido a propriedade de um fantasma bastante ciumento com seu espaço. Taylor Grewitt tinha 27 anos quando morreu dentro do celeiro com um tiro de fuzil no estômago. Ele chegou a sacar a varinha, mas o soldado das Forças Armadas não esperou para ver se o feitiço seria letal.
Logo que Ivy viu o fantasma sair de trás do feno embolorado e avançar em sua direção, ela reconheceu o rosto um pouco mais maduro de um antigo colega de escola. Taylor também reconheceu a mulher e parou imediatamente em sua forma prateada flutuando no ar; era possível ver através dele, indicando que tocá-lo não era possível.
Ivy ficou surpresa e encantada por reencontrar o velho amigo, mas entristecida por saber que Taylor também era uma vítima da guerra. O fantasma contou como tinha sido sua vida desde que vira Ivy pela última vez na escola quando tinha 13 anos e relatou sobre sua morte pelas mãos do exército. Um sentimento muito forte de empatia invadiu a jovem fugitiva que acabou se abrindo e contando como sua família morrera.
Quis entender por que via Taylor, o fantasma do celeiro, mas não via seus pais e suas irmãs. Abatida, foi consolada por Taylor que preservou na morte o que cultivou em vida: o amor por sua amiga de infância, Ivy. Há dois meses Ivy está vivendo no celeiro com Taylor, ela reformou o local e, com a ajuda dos conhecimentos do fantasma em arquitetura e segurança, tornou aquele pedaço da fazenda protegido e invisível aos vivos além de Ivy.
Eles não podem se tocar, nunca se beijaram ou dormiram de conchinha, mas estão sempre juntos. Taylor ensinou Ivy a falar francês, que ele aprendeu nos anos que viveu em Paris em sua graduação. Ivy conta suas lembranças da família sempre, uma forma de não esquecer os detalhes já que nada restou deles, nem mesmo uma foto ou objeto pessoal.
Juntos, Ivy e Taylor se completam de uma forma inusitada que poucos entendem.
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Qual carta de tarot representa você no amor?
por Theo McCready Sparrow
Quem não gosta de um conselho de graça que atire a primeira pedra. Contudo, como diz o ditado ‘se conselho fosse bom não se dava, se vendia’, o Pasquim traz nesta edição super especial uma consulta EXCLUSIVA com uma das tarólogas mais famosas da Grã-Bretanha: Nacabi Yadrec. Nacabi montou um pequeno esquema com algumas cartas do baralho cigano e levantou estereótipos comuns de pessoas no que tange a vida amorosa no século XXI. Descubra com qual carta você mais se encaixa e receba o conselho de Yadrec para o seu Dia dos Namorados não ser um completo desastre.
O IMPERADOR
Você busca estabilidade e segurança, portanto relacionamentos que lhe transmitam isso tendem a ser mais duradouros. Contudo, você também é aquele que precisa estar no controle, impondo regras e passando a impressão de frieza mesmo quando há muito amor para dar. Se está namorando a dica é que você se imponha menos e deixe as coisas fluírem naturalmente, um viagem para um local tranquilo onde possam aproveitar a companhia um do outro é uma excelente pedida para comemorar o Dia dos Namorados. Se está solteiro aproveite sua autoconfiança natural, pois esse é o momento perfeito para encontrar o amor que irá balançar suas estruturas; a dica é ir ao cover acústico da sua banda favorita em um pub.
A IMPERATRIZ
Você tem plena noção do seu sex appel e não tem medo de usá-lo. Sabe contornar obstáculos em um relacionamento e seu charme inato é um grande auxiliador em apaziguar discussões. Com uma forte intuição para assuntos emocionais, você é alguém cúmplice no amor que também sabe equilibrar cabeça e coração. Se está namorando a dica é explorar um dos cinco sentidos com joguinhos calientes. No caso de estar na pista para negócio esse é o momento de colocar a sua roupa mais sexy e se jogar na pista de dança, todos os olhos se voltarão para você.
O LOUCO
A impetuosidade é sua marca registrada e sua vontade de viver é gigantesca. Em você não existe o medo de recomeçar, pois sabe que ciclos têm início e fim e que para novas coisas surgirem as velhas precisam ir. Se estiver namorando a dica é redirecionar sua energia para aventuras diferenciadas com seu amor, um passeio em uma gruta, mergulhos com tubarões e praias de nudismos são boas pedidas para a data. Se estiver livre a dica é sair para conhecer pessoas novas, quem sabe marcar um encontro às cegas e tentar descobrir o que a vida lhe reserva. Só tenha prudência, cuidado nunca é demais.
A LUA
Você é uma pessoa misteriosa, mas que sonha em ter um amor para a vida toda e construir uma família. Com seu jeito tímido e sonhador, cativa com facilidade as pessoas ao redor e faz com que seja alguém memorável na vida de seus parceiros amorosos. Se está em um relacionamento sério a dica é tomar cuidado com ilusões que podem obscurecer o caminho do casal, busque se conectar com a pessoa amada e se tiver algo para perdoar ou pedir perdão, faça sem receio! Se estiver na pista para negócio esse é o momento de se mimar, saia para fazer compras, vá ao spa, cuide de você, pois você é sua melhor companhia até a o fim.
O EREMITA
Você é uma pessoa desapegada de relacionamentos, mas isso não significa que sinta menos ou se importe menos. Usa sempre a razão para ponderar impasses no amor e acaba sendo uma pessoa quase inteiramente lógica. Isso pode gerar frustração já que o amor não é um sentimento lógico. Se está namorando use a data para ter certeza de que está em um relacionamento feliz e saudável e se isso lhe trará bons frutos, esse é o momento certo para esclarecer as coisas com você mesmo e com a pessoa amada. Se está na pista para negócio lembre-se que o Eremita simboliza para os solteiros a prudência e a necessidade de ficar atento antes de se apegar, quem é precavido constrói um futuro melhor e seguro. Procure ficar em casa, com suas plantas ou seus bichos, veja seu filme favorito e coma algo gostoso.
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Carta ao leitor
por Theo McCready Sparrow
Nesta edição vimos que o amor pode sobreviver à guerra, que pode ser escamoso, sanguinário, espiritual literalmente e que é lindo esse sentimento ter tantas formas, cores e odores. No entanto, não podemos esquecer que embora seja importante amar o próximo, nada se compara com a sementinha plantada em nós mesmos quando existe o amor próprio. Isso aí, o amor por você, física, emocional, psicologicamente ou qualquer outro ente que você queira inserir {AQUI}. Pensando em uma forma de fortalecer o amor próprio dos leitores do Pasquim, eu fiz um texto especial sobre fechamento de ciclos e de ter mente que você merece o melhor e nada mais que isso.
Desejo a todos um feliz Dia dos Namorados e que vocês possam amar livremente, hoje e sempre!
Fique agora com
Algumas coisas precisam morrer para que outras possam nascer...
Quando eu olhava para dentro de mim conseguia perceber que algo estava errado. Não era o meu jeito de agir, nem as minhas roupas ou o meu corte de cabelo. Olhar para mim mesma era consequência de olhar para dentro de você. Ou do que você me permitia ver. Aos poucos, eu senti que uma névoa estava cobrindo os meus olhos e eu parei de me importar com o que eu queria e sonhava, até porque você consumia muito de mim, eu precisava sempre ser boa o suficiente e fazer todas as suas vontades, os seus programas preferidos, as suas viagens dos sonhos, ou a minha companhia seria completamente descartável. Isso tudo foi me empurrando cada vez mais para o fundo da sua estante. Me privei das minhas vontades para poder atender às suas.
Vontades. Necessidades. Expectativas.
Eu queria que você visse a pessoa maravilhosa que estava ao seu lado, queria que você visse em mim a namorada dos sonhos de qualquer pessoa, queria que você notasse todo o carinho que eu depositava em nós… Mas, como fazer alguém enxergar aquilo que nós mesmos não conseguimos ver? Não só isso. Como enxergar o quanto isso é autodestrutivo? Você preferiu usar escapes a enfrentar os problemas de frente. Você virou as costas quando me viu afundando dentro de mim mesma. Antes de você partir, quando eu disse que te amava, você apenas assentiu. E mesmo com o fim, não teve coragem de dizer a verdade. Permanece agarrado às bordas da sua mentira suja até hoje, enquanto eu consigo emergir do denso oceano que eu sou. Eu estou emergindo e, novidade!, eu aprendi a nadar! Entendi inúmeras coisas sobre mim mesma que você simplesmente bloqueava com sua presença intimidadora. Olhei para mim mesma e após muito tempo consegui ver o quanto eu era inteira sem você do meu lado. A dependência de você tinha passado. E eu vi que sou boa demais para ser só uma incerteza para alguém. Completa em mim mesma. Inteira. E o melhor, confortável dentro do que eu escolhi ser.
Arranquei as flores mortas, as ervas daninhas, afofei o solo e semeei novas flores.
Elas são mais coloridas, mais perfumadas.
E agora que estão florescendo eu entendo...
Entendo o quanto fechar ciclos é indispensável para novos (re)começos.